terça-feira, 27 de outubro de 2020

O Bairro Boêmio de São Paulo – A Vila Madalena

 



Um dos mais movimentados bairros da noite paulistana, a Vila Madalena, tem em sua história, um grande processo de desenvolvimento, crescimento, aumento de atividades e, até mesmo, mudança de como a cidade enxergava essa região. Originalmente conhecida como Vila dos Farrapos, a região era, inicialmente, uma parte de Pinheiros. No começo do século XVI, a Vila era habitada por índios que haviam migrado do centro da cidade após a instalação dos jesuítas em 1554. Na região de Pinheiros, por exemplo, existia um aldeamento onde os missionários ensinavam a catequese, faziam batizados e missas com os índios.


Os morros e planaltos da região eram todos cortados pelo Córrego do Rio Verde, nascido perto da Oscar Freire e que desaguava no rio Pinheiros. Vale a curiosidade que, o lado oeste desse córrego, onde hoje fica a “Madá”, chamava-se, no começo do século, de Sítio do Rio Verde. A memória oral da Madalena, aliás, traz outra boa curiosidade para os paulistanos: os moradores mais antigos da região dizem que o proprietário daquelas terras era um português muito bem sucedido queCom o passar do tempo, esses nomes deram origem aos atuais bairros da Vila Beatriz, Vila Ida e Vila Madalena.

O Crescimento da Região

Na primeira década do século passado, São Paulo começava a dar sinais de crescimento e, dessa maneira, as pessoas começavam a morar longe do centro, do chamado Triângulo Histórico. Assim, era necessário desenvolver um transporte que levasse os paulistanos aos extremos da cidade. No ano de 1910, a Light, uma das grandes empresas da nossa história, assim como a City, começou a trabalhar na construção de uma linha e de uma estação de bondes na Vila Madalena.


Nessa época, as ruas da região eram todas de terra, sem iluminação, com difícil acesso e vários córregos cortando o bairro. A chegada dos bondes, obviamente, trouxe melhoramentos à Vila Madalena, já que padeiros, açougueiros, motorneiros, sapateiros, pedreiros e vários outros profissionais começaram a se instalar na região. Nesse momento, o Sítio do Rio Verde foi loteado e começou a ocupação de uma nova sorte de gente na Vila Madalena.

Entre os anos 20 e 30, o bairro evoluiu: a luz chegou em 28 junto a um grande número de portugueses, que se instalou por lá quando a prefeitura realizou um loteamento de terra. Apesar da fama de “barra-pesada” e de ter recebido a alcunha de “Risca-Faca”, devido aos botecos da região, o local era pacato e, praticamente, rural.

Durante a década de 70, muitos estudantes começaram a alugar as grandes casas que se tornaram símbolo da região e, com a chegada dos anos 80, começaram a surgir os tradicionais bares e negócios que conhecemos hoje. Dos anos 90 em diante, a Vila sofreu grandes transformações com um boom imobiliário e a construção de prédios baixos e de luxo. Os bares também se alteraram e se tornaram points, como conhecemos hoje, e movimentou a região, atraindo ainda mais jovens do que o comum.


Uma obra de arte no Iguatemi: o relógio d’agua

 



O Shopping Iguatemi, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, além de ser o primeiro do Brasil, possui outra curiosidade sensacional. Logo na entrada do centro comercial é possível observar uma linda estrutura, com líquido verde e tubos transparentes, que rouba a cena daquela praça. Confesso que, apesar de andar muito pela cidade, nunca havia reparado nessa verdadeira obra de arte. 

Com 8,5 metros de altura, 250 litros de fluido e 120 metros de vidro, o relógio de água, como é popularmente conhecido, está por lá desde 1982 e se tornou uma das principais atrações do local. Ele é extremamente agradável de se observar, com discos para contar os minutos e globos para marcar as horas. O mecanismo foi criado pelo físico francês Bernard Gitton e, apenas para curiosidade, existem peças parecidas em outras cidades do mundo, como Berlim, Osaka, Paris e Porto Alegre.




Kobra cria mural de grafite em homenagem a vítimas do coronavírus e fará leilão de obras para ajudar sem-teto de SP

 Segundo assessoria de imprensa do artista, leilão será virtual por causa das medidas de isolamento. Data será anunciada nesta semana.


A nova obra do artista Kobra homenageia as vítimas do coronavírus no mundo e pede pé para enfrentar a pandemia. — Foto: Reprodução/Instagram


O artista plástico Eduardo Kobra lançou neste domingo (5) um novo mural de grafite que homenageia as vítimas do coronavírus ao redor do mundo. O mural pede fé na busca de cura para a doença e foi criado no ateliê dele em Itu, no interior de São Paulo.

A obra mostra crianças do mundo inteiro usando máscaras contra a Covid-19, com símbolos de várias religiões: cristianismo, budismo, judaísmo, islamismo e hinduísmo.

Um foto do novo mural foi publicada no perfil oficial do artista no Instagram, junto com um pedido para que a humanidade fique em casa e passe com serenidade por esse período de turbulência, em virtude da pandemia.

"Vamos vencer isto juntos, mas separados. Ou separados — por isso juntos. Nestes tempos de necessário isolamento social, é preciso ter fé. Independentemente da nossa localização geográfica, de nossa etnia e de nossa religião, estamos unidos em uma mesma oração: que Deus inspire os cientistas para que encontrem a solução para esta pandemia — e conforte nossos corações para que tenhamos forças e sigamos juntos como humanidade", declarou o artista.

Kobra também anunciou que vai fazer um leilão de pelo menos cinco obras para ajudar os moradores sem-teto de São Paulo. A assessoria de imprensa do artista afirmou que o leilão será virtual, por causa das medidas de isolamento impostas pelo governo de São Paulo, que foram prorrogadas até o dia 22 de abril. O artista está viabilizando uma plataforma para a realização do leilão e deve anunciar ainda nesta semana como ele vai acontecer.

sábado, 10 de outubro de 2020

PINACOTECA VOLTOU‼️❤️ (E VOLTOU COM ENTRADA GRATUITA POR TEMPO LIMITADO)



Depois de meses fechada Pinacoteca reabre suas portas no dia 15/10, com “Exposição OSGEMEOS: Segredos”. 


OSGEMEOS: Segredos é a primeira exposição panorâmica da dupla de artistas formada pelos irmãos Otávio e Gustavo Pandolfo (São Paulo, 1974). Com mais de 650 itens, inéditos ou nunca exibidos no país, desse rico imaginário, a exposição contribui para a expansão do entendimento das relações entre arte e urbanidade, reflexão que marca o ano de 2020 na Pinacoteca. 


Classificação indicativa: livre


Serviço

De 15 de outubro de 2020 a 22 de fevereiro de 2021

Endereço: Praça da Luz, 2

Aberto de quarta a segunda, 14h às 20h


O valor do ingresso é de R$ 25 (inteira), R$ 12,50 (meia).


**Lembrando que dos dias 15/10 a 23/10, a entrada é gratuita! 


Para reservar seu ingresso, acesse o site: www.pinacoteca.org.br


Nós já garantimos nossos ingressos! 

E você tá esperando o que pra aproveitar a Pina de graça? Corre porque os ingressos são limitados!!!










sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Café do Pateo, um tesouro escondido no meio de São Paulo

 



São Paulo é uma cidade cheia de lindas construções, por onde se toma muito café, há cafeterias por todos os lados, e para atender a todos os gostos. O Café do Pateo é uma dessas bem antigas, com sabor especial de tranquilidade e cultura.

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O Café do Pateo, fica no meio da cidade de São Paulo, no Pateo do Collegio, que hoje abriga o Museu Anchieta. A construção é de janeiro de 1554, ou seja, acompanhou São Paulo desde sempre, passou por restauros, reformas, mudanças, mas ainda é possível ver de perto um pedaço de parede original da fundação da cidade e do Pateo.

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Foto via Tripadvisor

Uma das melhores coisas do Café do Pateo, é a tranquilidade que ele traz, bem no meio do centro da cidade, encontramos um cantinho para repousar, ler, comer, visitar e encontrar paz e calmaria.

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Foto via Todos os Caminhos

São dois ambientes, um fechado, com mesas bem confortáveis, e um aberto, onde podemos nos sentar no jardim interno do Pateo do Collegio, ficar ali, em meio as árvores, saboreando um café gostoso, é sem dúvida um privilégio de quem conhece os melhores lugares da cidade.

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Foto via Tripadvisor

O Café do Pateo utiliza o Café Pessegueiro, da fazenda de mesmo nome, que fica na região mogiana desde 1870, a fazenda produz, colhe e processa todo o seu café, o manejo é totalmente artesanal, todos os grãos são colhidos sem contato com o solo, secos ao sol e armazenados em tulhas de madeira para o descanso.

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O resultado desse processo manual, é um café de alta qualidade, diferente de outros, e que todo mundo que gosta de café precisa provar.

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Além disso, o pão do Café do Pateo é feito até hoje, com base nas anotações deixadas pelo então Padre José de Anchieta, atualmente, São José de Anchieta. É integral, mas é diferente de qualquer outro pão, é muito macio, quase sem nenhuma adição de açúcar, é realmente uma dessas coisas que só experimentando para compreender.

Há lanches bem gostoso, saladas, e um pão de queijo saboroso, servido quentinho, outra coisa que vale a pena experimentar, especialmente em dias quentes, é o suco de limão com capim santo, é super refrescante e muito gostoso.

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Foto via Tripadvisor

E se você tiver um tempinho, além de conhecer o Café do Pateo, vale a pena conhecer o Museu Anchieta!

Serviço:
Praça Pátio do Colégio, 84 – Centro
Telefone: 11 3101-8512

O Drinque de São Paulo: O Rabo de Galo

 



Não é novidade para ninguém que o Rabo de Galo é um dos drinques mais consumidos na cidade de São Paulo e, talvez, no Brasil inteiro. Apesar de não ter uma mistura exata, sua história começa na cidade de São Paulo nos anos 50, com a chegada da fábrica da Cinzano.

De olho na quantidade de italianos que viviam por aqui, a empresa decidiu se instalar pela cidade e começar a trabalhar. Entretanto, tiveram um problema inesperado: os italianos não bebiam mais o vermute, mas gostavam muito da cachaça.

A solução foi a de estimular a mistura dos dois, criando até um copo exclusivo, com linhas de marcação das doses.

Diz-se que até o fundo do copo, mais grosso, foi pensado para aguentar a batida no balcão, na volta do gole.

Coube à fábrica de vidros Multividro, tradicional empreendimento do Belém, criar o copo diferenciado, seguindo as orientações dos empresários para servir a bebida com a cachaça. A criação ficou conhecida como cocktail, em inglês, rabo de galo. Daqui o drinque se espalhou pelo país, ganhando características em cada estado. Em Minas Gerais, por exemplo, ele é feito de Cynar e no Rio de Janeiro é conhecido por Traçado.

sábado, 3 de outubro de 2020

O fortificante de Monteiro Lobato: a história do Biotônico Fontoura

 



O Biotônico Fontoura que, quando eu era criança, foi apresentado como um componente que daria “fome de leão”, possui uma grande quantidade de curiosidades relacionadas ao seu surgimento, desenvolvimento e, até mesmo, exportação. Vamos a essa boa história!

O nome Biotônico Fontoura é uma homenagem ao seu criador, o farmacêutico Cândido Fontoura. Silveira. Segundo a lenda urbana mais conhecida, ele teria criado o fortificante para sua esposa, que reclamava muito de cansaço e do físico debilitado.

Com o sucesso de seu tônico, Cândido, com 25 anos fundou em São Paulo, no ano de 1910, uma fábrica/farmácia para produzir seu remédio em uma escala um pouco maior. Vale dizer que, no começo do século XX, era normal que cada farmacêutico produzisse seu próprio remédio, sendo meio que uma “assinatura” daquele profissional. O fármaco era, entre outras coisas, rico em ferro.

Diz a história que Cândido não tinha uma ideia boa para nomear o fortificante e, ninguém menos do que José Bento Renato Monteiro Lobato, o Monteiro Lobato, teria sugerido “Biotônico Fontoura”.

Além de sugerir o nome do Biotônico, Monteiro Lobato também teria sido um entusiasta e consumidor da fórmula. Sua relação com o remédio se tornou tão intrínseca que o escritor publicou, em parceria com a empresa de seu amigo, o Almanaque Fontoura que trouxe o personagem, Jeca Tatuzinho, baseado no Jeca Tatu que o autor criara na literatura. O almanaque divulgava o laboratório e pregava uma campanha contra a ancilostomose.

Segundo uma descrição feita pelo Estadão: “A obra, ilustrada, conta a história de um Jeca magro, doente, preguiçoso, mal nutrido. Na passagem de um médico de roça por seu rancho, o caipira fica sabendo que estava na verdade doente, com amarelão.

O médico recomenda-lhe o remédio para a doença e de reforço o Biotônico para abrir-lhe o apetite, além de recomendar botinas ringedeiras para proteção dos pés. O Jeca logo se torna um verdadeiro touro, chega a agarrar uma onça pelos bigodes, manda por botinas até em porcos e galinhas.

Ao opor-se ao caipira do estereótipo, o Biotônico serviu, entre nós, para difundir a ideologia da modernidade urbana. O livrinho de Lobato teve a edição de mais de 100 milhões de exemplares.”.

A fórmula do tônico possuía 9,5% de álcool etílico e, em 2001, a empresa teve que mexer na fórmula, por um pedido da Anvisa.

Inclusive, devido a esse teor alcoólico, há outra lenda urbana sensacional: Cândido Fontoura, que empresta seu nome a uma via de São Paulo, teria feito fortuna exportando seu tônico para os Estados Unidos, onde vigorava a Lei Seca.

Uma curiosidade da Sé: o relógio da Catedral e o trabalho de Henrique Fox

 



Um dos monumentos mais importantes da nossa cidade, a Catedral da Sé, já teve três versões, sendo a que conhecemos hoje, a última e mais nova delas. Entretanto, em sua segunda versão, mora uma das curiosidades que, particularmente, acho uma das mais legais desse monumento histórico. Trata-se do relógio da Catedral da Sé. Os arquivos do Legislativo Paulista mostram todo o processo e cuidado com esse ponto de referência. As referências históricas da cidade relatam que a trajetória do relógio é iniciada através de uma carta do bispo diocesano de São Paulo, Dom Manuel Joaquim Gonçalves de Andrade ao então presidente da Província de São Paulo, Raphael Tobias de Aguiar.

Nesse documento datado de 8 de fevereiro de 1841, o religioso solicitava a instalação de um relógio na torre da Catedral da Sé. Ele explicava que essa intervenção seria de grande importância para a cidade de São Paulo, como é possível ver nessa transcrição:

“Parecendo-me de suma necessidade para a Sé Catedral desta Cidade o colocar-se na torre da mesma um relógio grande, que marque as horas e quartos, no sino maior, do que resultará tão bem vantagem para toda a população da Cidade, pois que pela elevação da torre, e mais forte som de sino, facilmente se ouvirão as horas, em toda ela, tanto de dia como de noite, e poderá cada um regular melhor o seu tempo, tanto mais que haverá todo o cuidado em que o relógio ande certo, como a experiência tem mostrado há longos anos, como o relógio de parede, que tem sido sempre o regulador geral, por estar a cargo de um empregado responsável, e amovível, e ter tantos fiscais, quantos são os Empregados da Catedral, sujeitos a pontos e multas; tendo sido a dita necessidade já reconhecida pelos Governos Provinciais, tanto assim que algumas diligências se fizeram, e algumas quantias se despenderam para montar um no tempo do Capitão General João Carlos Augusto d’Oyenhausen, julgo do meu dever aproveitar a ocasião de achar-se V. Exa. à testa da Administração Provincial, para solicitar de V. Exa. mais uma prova da piedade e zelo religioso, de que tantas tem dado, instituindo-se V. Exa. o interceptor, perante a Assembléia Provincial, para que esta vote quantias necessárias para a compra, condução e colocação dum relógio que dê as horas e quartos, cuja importância no Rio de Janeiro se me afirma ser de dois contos de réis, e talvez se obtenha por menos, de maneira que com a condução e mais arranjos, talvez se não despenda mais de dois contos e quatrocentos mil réis.

Exa. me escusará a importunação, atendendo a que minha requisição tende em benefício comum a toda a Cidade, e do qual gozam muitas Catedrais menos importantes do que a desta Cidade.”

Três dias depois, o Presidente da Província enviou o documento à Assembleia Legislativa Provincial de São Paulo e neste mesmo dia o pedido foi encaminhado à Comissão de Fazenda para que desse seu parecer. Esta mostrou-se favorável ao pleito de Dom Manuel Joaquim Gonçalves de Andrade e concedeu os recursos para o relógio da Catedral da Sé. No ano seguinte, o relojoeiro Henrique Fox, que tinha seu comércio de relógios, joias e instrumentos de música na Rua da Imperatriz (atual Rua Quinze de Novembro), construiu o relógio do torre da Catedral da Sé e foi seu zelador durante quarenta e nove anos, até 1891, quando faleceu.

Durante todos estes anos, segundo um cronista da vida paulistana, ereto, envergando suas conhecidas suíças, dobrava a esquina da praça da Sé, pelo lado da rua Capitão Salomão, e entrava na Catedral para inspecionar sua obra. Esta metódica jornada fez com que o relógio da Sé nunca atrasasse. Vale dizer que, atualmente, o relógio se encontra na na igreja de São Gonçalo, localizada na Praça Dr. João Mendes, no centro da cidade de São Paulo*.

O Doce Do IV Centenário – A História do Dadinho

 



Todo ano a cidade de São Paulo dá uma pausa nas suas atividades para comemorar o aniversário da mais importante metrópole da América Latina. E as comemorações acontecem de todas as maneiras: desfiles oficiais, bolo e, até mesmo, o lançamento de um doce especial.

Uma das maiores surpresas que tive foi ao comprar alguns Dadinhos em uma doceria perto do trabalho e observar sua embalagem. Em alguns espaços está escrito a mensagem “IV Centenário”, em outros está em destaque um curioso símbolo em um círculo azul e existem várias estrelas coloridas com o fundo prateado.

Lançado especificamente para as comemorações do IV Centenário da nossa cidade, junto a monumentos como o Parque do Ibirapuera, o Mausoléu do Soldado Constitucionalista e com a Catedral da Sé reformada, o doce se tornou um sucesso na capital. O seu formato logo “descaracterizou” o nome original do doce e ele ficou conhecido popularmente como Dadinho.


A fabricante, obviamente, aceitou essa nova nomeação e adotou “Dadinho” como nome oficial da iguaria. Falando dos símbolos citados no começo do texto, vale o destaque para:

A Cor Prateada da Embalagem: o tom adotado pelo fabricante faz clara referência aos papéis triangulares que foram jogados dos céus na festa do IV Centenário que eram prateados. Existem relatos, inclusive, que na ocasião da festa, o Vale do Anhangabaú foi tomado por uma linda chuva prateada enquanto aconteciam as comemorações na região.


O Símbolo No Círculo Azul: Ao mesmo tempo em que os Dadinhos passam por nossas mãos diariamente, poucas pessoas se dão conta que o maior “fracasso” de Niemeyer é visto por nós e passam despercebidos.

Chamada de “Voluta Ascendente”,  a obra não conseguiu se manter em pé, devido ao seu “ousado” desenho por muito tempo. Embora o finado arquiteto sustente que ele apenas projetou o desenho e que ela nunca foi concebida, a foto de inauguração do Ibirapuera mostra o contrário. Mais do que isso, a lembrança do Dadinho acabou eternizando, sem querer, a maior “falha” do genial arquiteto brasileiro.


O Nome IV Centenário: Na própria embalagem do doce é possível ver o nome “IV Centenário” escrito sobre uma faixa amarela. Essa, com certeza, é a maior referência à cidade de São Paulo contida nesse doce.

Voltando à história da bala, a Dizioli produziu o quitute até os anos 80, sendo que atualmente ela é feita pela Bono Gusto Indústria e Terceirização de Alimentos Ltda.

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